Posted on Apr 22

Documentário que todo Profissional de TI deve Ver: O Dilema da Redes (2020).

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“Se você não está pagando o produto. Então você é o produto”
Atualmente são os anunciantes que pagam pelos aplicativos que você usa “de graça”, com isso os usuários deixam de comprar o produto “aplicativo” e os anunciantes adquirem o produto que somos todos nós.

Super indico este excelente documentário que explana de forma simples, porém bem completa tudo o que ocorre nos bastidores das BigTechs de pesquisa e mídias sociais como um todo ao redor do mundo. Elas buscam sempre manter os usuários mais tempo em suas plataformas. Com isso eles conseguem ter mais influência na vida de cada usuário e manipular determinada parcela da população mundial. Seguindo um estudo psicológico do cérebro humano, os desenvolvedores criam algoritmos que fomentem a liberação de dopamina e prazeres momentâneos nos usuários seguindo alguns passos:

“Existem apenas duas indústrias que chamam seus clientes de usuários a de drogas e a de software”

Primeiro começa com a análise de tudo o que você vê ou usa em seus eletrônicos, desde o tempo em segundos em que você fica vendo uma foto, uma postagem até o tempo jogando algum tipo de jogo ou aplicativo.
O segundo passo é começar a te bombardear apenas o que faz parte do seu grupo de interesse baseado em suas informações de uso destes softwares. Neste ponto, os programadores não possuem mais domínio total sobre o que lhe será sugerido, pois é feita uma análise algorítmica de probabilidades de conteúdo do seu interesse feita somente através dos códigos que verificam seu histórico e projetam o que você irá desejar em um próximo feed ou conteúdo sugerido. Neste momento que eles vendem esses espaços para propagandas de seu interesse e monetizando entre os conteúdos. Uma grave observação é que esses algoritmos não fazem qualquer julgamento sobre o conteúdo ser prejudicial ou não para o usuário, apenas segue sua principal instrução que é buscar a forma de mate-lo mais tempo o utilizando.
O terceiro passo é a desinformação em massa, ou em outras palavras, fazer com que determinado grupo de pessoas acreditem em uma verdade fomentada pelas indicações de conteúdos feitas pelas redes sociais. Dentro desses grupos, que pensam da mesma forma que você, o usuário acredita que o mundo é conforme ele imagina na sob a sua perspectiva, afinal só tem contato com conteúdo e pessoas que tem os mesmos interesses que ele. Se limitando a pensamentos antagônicos que os façam questionar e refletir sobre a veracidade sobre determinado assunto.
Para concluir, esses três primeiros pontos criam uma nação ou um mundo dividido entre duas vertentes. A e B ou Direita e Esquerda, criando um discurso de ódio entre eles que se fortalece com os direcionamentos de conteúdos que defendem a linha de pensamento de cada usuário. Sob esta perspectiva, esses algoritmos podem ter feito facilmente um direcionamento de conteúdo que incitou massas para seguir esse viés de ódio, criando uma rincha entre os dois grupos. Podendo até mesmo direcionar este conflito para uma provável guerra civil em algumas nações que não consigam perceber a manipulação das BigTechs, através dos conteúdos direcionados e com isso esse algoritmo de probabilidade também podendo ser definido como “inteligência Artificial” poderá quebrar uma nação, através de algo que no início parecia inofensivo como um direcionamento de conteúdo, mas na verdade altera o ser humano por dentro, manipulando o seu ego.

Segue imagem que vinha de fábrica escondida dentro dos smartphones antigos quando foi lançado o sistema android:

Porém não vamos nos apavorar, esta é apenas um reflexão que todos devem fazer sobre o lado negativo da tecnologia. Porém há diversos pontos positivos que sobressaem em meio estas perspectivas sombrias, como você conseguir chamar um carro de aplicativo em menos de cinco minutos ele já estar em sua porta de casa, conectar com pessoas que antigamente seria praticamente impossível, comunicação instantânea e até mesmo a facilidade do ensino que agrega as tecnologias para vencer o distanciamento físico, e tantos outros avanços tecnológicos.