Você está na empresa há alguns anos. A rotina começou a ficar monótona, algumas promessas iniciais se cumpriram, outras não… e você percebe que chegou naquele ponto em que precisa tomar uma decisão.
Procurar algo novo no mercado?
Ou conversar seriamente com seu chefe sobre isso?
Falar com a liderança demonstra maturidade — mas também é arriscado se o outro lado não estiver preparado.
Para alguns gestores, pedir aumento pode soar mal quando você não consegue apresentar o porquê. Por isso, você precisa levar para a mesa os resultados reais que entregou, aquilo que você mudou, resolveu ou melhorou.
E mais: falar que vai sair se não receber aumento pode facilmente parecer blefe ou chantagem.
É aí que entra o equilíbrio: você precisa calibrar o tom da conversa — demonstrar que tem interesse em ficar, mas que também está considerando algo novo porque deseja evolução, perspectiva e reconhecimento.
Eu já passei por isso.
Conversei abertamente com meu chefe da época — e, para minha surpresa, a conversa foi excelente.
Ele me disse algo que ficou marcado:
“Se eu te der um bom aumento agora, isso realmente resolve?
Você vai se sentir motivado daqui 3 meses, ou os mesmos problemas vão voltar e você vai desanimar de novo? Talvez o melhor seja buscar algo novo que te faça bem financeiramente e profissionalmente. Algo que te traga ânimo, desafios e um novo contexto.”
Aquilo fez total sentido.
Também foi nesse momento que entendi o problema da famosa contraoferta.
Se você trabalhou até agora e não foi valorizado, dificilmente será valorizado justamente quando está indo embora.
Aceitar contraoferta pode te colocar numa posição pior:
você passa a ser mais cobrado
o ambiente pode ficar pesado
você pode ser visto como “traíra” ou “chantagista”
e, no fim, nada muda — só adia o inevitável
A verdade é simples:
Se a conversa não é clara, objetiva e acompanhada de mudanças reais, toca o barco, meu amigo.
Na hora que a empresa não precisar mais de você, ela não pensa duas vezes antes de te desligar.
Valorize sua carreira, sua paz e seus próximos passos.
Às vezes, a melhor decisão é seguir em frente.
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