Como eu sei que programador só lê algo se tiver alguma treta ou se falar bem da linguagem de programação que ele ama, vou apresentar a vocês um resumo do capítulo de entrada do Código Limpo.
O primeiro capítulo do famoso livro do Uncle Bob, ou como gosto de chamar, o tio Beto, nos apresenta um contexto de o que é um código de programação ruim. Pode parecer bobagem, todo mundo consegue ver qual código é ruim e qual é bom, né? Não. A classificação de código ruim muda de pessoa pra pessoa, por exemplo, eu acredito que código ruim é um código unicórnio. Não sabemos como ele vive, como funciona, o que faz e parece bem mais enfeitado do que deveria. Para o Tio Betinho, código ruim é um código que tem o potencial de atrasar o time de desenvolvimento.
Pra quem não conhece o Tio Beto, ele foi um dos 17 experts que fundaram o manifesto ágil, que consiste em uma cadeia de ideais que revolucionaram a indústria do software e criaram o que nós desenvolvedores dos anos 2000 conhecemos como desenvolvimento. Por mais que algumas empresas não siga todas as regras, mas consideravelmente seguem o ideal de entrega e concepção de software formado por esses caras.
Saber desse background do tio Beto nos dá a capacidade de ver o porquê do cara ditar algumas regras para o código ruim. O primeiro fato que ele nos apresenta é: porque fazemos o código ruim. Normalmente pela falta de tempo, pela pressa da entrega ou por pressão dos gerentes. Ninguém escolhe de livre e espontânea vontade fazer um código ruim, se for capaz de fazer um código decente, mas muitas vezes o entregue e funcionando é melhor do que o código impecável. Todo programador sabe que sim. Não há problema até haver problema, e com um código ruim, isso acontece mais cedo ou mais tarde.
Sabendo que em todo código que foi produzido em algum momento haverá algum problema e que aquele código ruim feito apenas para a entrega vai retornar um dia a suas mãos, o tio Beto oferece uma alternativa. Controlar o desenvolvimento a partir de algumas regras de qualidade para que o retorno ao código seja a princípio menos doloso ao projeto. O tempo de entrega é sofre uma variação para que aja qualidade e não retorne bugs e gargalos.
Para finalizar o capítulo, o Tio Beto nos apresenta o ponto de vista do que é o Código Limpo. É um estilo de desenvolvimento que promete agilidade na reparação de código e na implementação de novas features seguindo algumas regras de desenvolvimento. NADA MAIS DO QUE ISSO. Não há afirmação de que é o único método de software bom ou que funciona em 100% dos casos de desenvolvimento de software. Não. Há apenas a apresentação de uma possível alternativa de como se fazer um código estruturado.
Na minha humilde opinião, o Código Limpo é importante como fator histórico. No tempo do seu lançamento, em 2005, a industria de software ainda era considerada um bebê engatinhando, sem norte e no maior caos de desenvolvimento. O ritmo de entrega era diferente, o conceito de versionamento ainda não era implementado em larga escala, os times muito menores do que hoje. O produto software era diferente. Dentro desta visão, o Clean Code foi revolucionário. Hoje não mais. Porém a sua importância é repassar para os novos desenvolvedores o caminhar das pedras, para que em algum momento eles consigam implementar com o seu próprio modelo, mantendo o que o ideal do Tio Beto buscava.
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óptimo capitulo, leitura muito gostosa e leve :)
Aliás, acha essa uma boa recomendação para quem está adentrando o mundo da programação em si? Curso ADS, e estou no momento estudando sobre pseudocódigo, tabela verdade, um pouco de C, enfim, entre outros diversos assuntos (o que acredito ser bem comecinho de mta coisa kkk).
Eu acho que vale a pena ler no inicio para começar a reconhecer práticas boas e más. Só não se cobre tanto absorver tudo. Realmente tem coisas que você não vai pegar de inicio. A leitura é muito válida. Sempre recomendo.
Muito obrigado pela recomendação minha cara, ótima tarde, semana e estudos!
Ótimo artigo, acho de suma importância o entendimento das técnicas para manter um código "limpo"