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Daniela
Daniela

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Programar é tão difícil quanto parece?

Resposta rápida: Sim e não. E eu explico o porquê…

Vou pedir licença pra começar com um clichê que eu li em algum lugar uma vez, que faz muito sentido (clichês normalmente são clichês justamente por fazerem sentido, né?): “Tudo é difícil antes de ser fácil”.

Quando eu li essa frase eu comecei a pensar em todas as vezes que eu entrei em desespero quando precisei aprender algo novo, minha primeira reação diante de algo que eu não conheço é sempre pensar “Por que eu inventei isso? Eu nunca vou conseguir fazer essa bagaça” e por muitas vezes preciso lutar com todas as minhas forças contra o impulso de desistir diante do(s) primeiro(s) fracasso(s), mas depois que passa o impacto do primeiro contato e eu vou me familiarizando eu sempre chego a mesma conclusão: “Poxa, no final das contas nem é tão difícil quanto eu imaginei, me desesperei a toa”.

Dito isso, a gente pode dizer que sim, programar é difícil… Mas não é difícil sempre. Só é difícil porque nosso primeiro contato com qualquer coisa desconhecida faz parecer/ser meio difícil no começo, e não porque é o bicho de sete cabeças que normalmente nos fazem acreditar que é, muito menos porque “não é coisa de mulher” ou porque você precisa ser “muito inteligente” (inteligente entre muitas aspas porque pra mim o conceito de inteligência pode ser muito amplo e abstrato) para conseguir programar.

Pra mim, programar exige muito mais paciência e vontade do que qualquer outra coisa, SÉRIO. A paciência é fundamental porque o seu código vai dar errado, muitas vezes, muitas vezes mesmo, mas isso é normal, acontece com todo mundo e não vai deixar de acontecer quando você for experiente, você sempre vai ter que construir coisas novas, isso vai fazer com que você aprenda conceitos novos o tempo todo, pode parecer um pouco assustador ler assim logo de cara que seus códigos nunca vão parar de dar errado, mas essa é uma das coisas legais da programação (dependendo da perspectiva), te dá muitas oportunidades de trocar figurinhas com outras pessoas, ou trazer aquele sentimento de “caraca, se eu arrumei esse bug, eu posso arrumar qualquer outro” sempre que você, mesmo depois de se irritar e xingar o código umas dez vezes, conseguir resolver. E a vontade é tão importante quanto a paciência, porque é ela que vai fazer com que você não desista depois de ter que encarar tantos bugs e códigos que não compilam porque você esqueceu um pontinho ou uma vírgula em algum lugar.

Então se você tem dúvida se deve ou não arriscar nesse mundo de código porque acha que isso não é pra você, responda as seguintes perguntas:

  1. Você tem vontade de programar?
  2. A ideia de escrever um monte de código pra construir algo maneiro te atrai?
  3. Tá disposta a trabalhar sua paciência diariamente?

Se sim, é pra você sim, porque programação é pra todo mundo. E ainda que a resposta para alguma dessas perguntas seja “não”, mas a resposta para “Você tem vontade de programar?“ seja positiva, vale a pena pelo menos tentar, pesquisa aí como fazer um “Hello World” em alguma linguagem de programação que você já tenha ouvido falar e tenta fazer, às vezes o empurrãozinho que a gente precisa é ver na prática algo que a gente escreveu funcionando (a sensação é muito boa, juro).

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