Em algum momento da vida, grande parte das pessoas passa por um questionamento pessoal de “o que eu estou fazendo da vida?”. Umas mais novas, outros numa idade mais avançada.
Pra mim, essa chacoalhada veio perto dos meus 40 anos. Naquela altura, eu ocupava um cargo de gestão em uma universidade. Isso me afastava das salas de aula, que eu amava, e me aproximava de burocracias.
Demorei certo tempo até entender que o problema não era eu nem a minha dedicação (no caso, falta de), mas sim um modelo engessado, que limitava minhas capacidades e não me desenvolvia. Não estava alinhado ao tal do propósito.
Fui mordida por esse bichinho e decidi que queria mudanças o quanto antes. A decisão é algo libertador.
Tive muitos medos, é claro! Quem não tem? Mas eles nunca impediram a minha coragem.
Foram noites mal dormidas, pensando em muitos “ses”.
E se as empresas preferirem pessoas mais novas do que eu?
E se eu não for aceita em um ambiente só de jovens?
E se der tudo errado?
O remédio para essas hipóteses foi o autoconhecimento.
Eu sabia da minha personalidade inquieta, produtiva, capaz… Eu sabia o que estava me fazendo buscar esse novo caminho. Sabia do meu potencial, enquanto profissional e que visão e dedicação nunca me faltariam.
Estava segura. Havia guardado uma reserva financeira boa, que me ajudaria a voltar a estudar e a me atualizar. E, também, sabia que seria natural uma diminuição dos meus ganhos, uma vez que estaria iniciando em áreas nunca antes experienciadas.
O recado que quero deixar aqui pode parecer clichê, mas é a mais pura verdade e digo com propriedade: vai dar medo, mas vai com medo mesmo!
Entenda que erros fazem parte de uma jornada de aprendizado e que eles, em algum momento, se transformarão em acertos, te levando ao lugar certo. Desenvolva a habilidade de adaptação, esteja aberto(a) para isso.
O processo não é fácil, mas vale a pena! Ninguém precisa passar a vida toda fazendo a mesma coisa. Somos capazes de muito mais desde que estejamos dispostos a meter a mão na massa. 😘
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