
Faz um certo tempo que o ECMAScript 2019 foi lançado, mas pouco se vê falar ou utilizar as funcionalidades trazidas pela edição. Várias das novas funcionalidades podem ajudar muito no seu dia-a-dia em coisas que antes você precisava “implementar na mão”. Mesmo que já tenha passado algum tempo, é extremamente necessário sempre reforçamos os aprendizados e analisarmos se deixamos de passar algo.
É importante saber que para rodar os exemplos que serão apresentados, você precisará do NodeJS a partir da versão 12, ou com o Chrome na versão 72.
Array#{flat,flatMap}
O método flat cria um novo array concatenando todos os elementos que são sub-arrays.
const arr1 = ['a', 'b', 'c', [1, 2, 3]]; | |
const arr1Flatted = arr1.flat(); | |
// ["a", "b", "c", 1, 2, 3] |
O parâmetro que esse método pode receber representa o nível de profundidade que será concatenado os sub-arrays, por ser um parâmetro opcional, caso não seja informado nenhum valor o seu valor padrão será 1. Caso você queira todos os níveis, basta informar o valor Infinity.
const arr1 = ['a', ['b', ['c']], 1, [2, [3, [4, [5]]]]]; | |
const arr1Flatted1 = arr1.flat(); | |
// ["a", "b", Array(1), 1, 2, Array(2)] | |
const arr1Flatted2 = arr1.flat(2); | |
// ["a", "b", "c", 1, 2, 3, Array(2)] | |
const arr1FlattedInfinity = arr1.flat(Infinity); | |
// ["a", "b", "c", 1, 2, 3, 4, 5] |
É importante sabermos também que o método exclui intervalos ou elementos vazios no array.
const arr1 = ['a', 'b', , , , ['c', , 1, null, undefined, '', 0]]; | |
const arr1Flatted = arr1.flat(); | |
// ["a", "b", "c", 1, null, undefined, "", 0] |
Entendendo como o método flat funciona, fica mais fácil entendermos qual o objetivo do método flatMap. Resumidamente, o método tem o mesmo efeito usando o map seguido de um flat , dessa maneira se o seu flatMap retornar um array, ele será concatenado.
const arr1 = [1, 2, 3, 4]; | |
const arr1FlattedMultipliedByTwo = arr1.flatMap(v => [ v * 2 ]); | |
// arr1FlattedMultipliedByTwo |
É importante saber que o flatMap por padrão é definido com profundidade 1, que seria como chamar o flat sem parâmetros ou informando o valor 1.
Object.fromEntries()
A função cria um novo objeto a partir de um iterable que tenha pares chave-valor.
const entries = [ ['name', 'Marcos'], ['site', 'omark.dev'], ['twitter', '@omarkdev'] ]; | |
Object.fromEntries(entries); | |
// {name: "Marcos", site: "omark.dev", twitter: "@omarkdev"} |
String#{trimStart,trimEnd}
Os métodos trimStart e trimEnd tem quase a mesma finalidade, ambos removem os espaços em branco de algum lado de uma string, a diferença é que o trimEnd remove os espaços em branco que estão apenas no final da string e o trimStart apenas os que estão no começo.
const message = ' Hello world! '; | |
message.trimEnd(); | |
// " Hello world!" | |
message.trimStart(); | |
// "Hello world! " |
Symbol#description
Antigamente caso precisássemos saber qual a descrição do nosso Symbol era necessário chamar o método toString, que retornava a descrição dentro de Symbol().
const symbol1 = Symbol('Awesome'); | |
symbol1.toString(); | |
// "Symbol(Awesome)" |
Dessa maneira antiga, caso fosse necessário obter apenas a descrição, era necessário fazer algum tipo de formatação. Para resolver isso, foi adicionado a propriedade de apenas leitura description que contém apenas a descrição do Symbol, caso o Symbol foi criado sem nenhuma descrição, a propriedade terá o valor undefined.
const symbol1 = Symbol('Awesome'); | |
symbol1.description; | |
// "Awesome" |
Parâmetros opcionais no catch
Agora o ES10 nos permite criar blocos de try/catch sem que seja necessário fornecer o parâmetro de erro no bloco de catch.
try { | |
throw new Error('Useless Error'); | |
} catch { | |
console.log('Ignoring the exception'); | |
} | |
// Ignoring the exception |
Esse tipo de abordagem é muito útil para quando você sabe que não vai utilizar o objeto de erro.
Revisão de Function#toString
Nas versões anteriores do ECMAScript, você pode imprimir o código-fonte de uma função usando o método toString, porém todos os espaços em branco e comentários eram removidos. Agora com o ES10, esses trechos são mantidos.
function /* Sum two numbers */ sum(a, b) { | |
return a + b; // Sum a + b | |
} | |
sum.toString(); | |
// "function /* Sum two numbers */ sum(a, b) { | |
// return a + b; // Sum a + b | |
// }" |
Estabilidade no Array#sort
Anteriormente, o V8 (Motor do JavaScript) usava um método de ordenação chamado QuickSort para arrays que tinham mais de 10 elementos, apesar de ser um método extremamente rápido, era bem instável.
A partir do V8 7.0 / Chrome 70, o V8 passou a utilizar o algoritmo TimSort.
Caso você queira saber mais sobre o assunto, você pode ver a demo do Mathias Bynens.
Melhor formatação no JSON.stringify
Foi adicionado uma melhoria para impedir que o JSON.stringify retorne caracteres Unicode mal formatados.
Melhorias no JSON
A Sintaxe do JSON é definido pelo ECMA-404 e permanentemente corrigida pela RFC-7159, permitindo que o separador de linha (\u2028) e o separador de parágrafo (\u2029) possam ser exibidos corretamente sem disparar um erro.
Espero que isso te ajude de alguma forma.
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