A refactoração, ao contrário do que a teoria sugere, é uma tarefa muito complexa.
Os livros e artigos costumam mostrar exemplos de funções simples e classes pequenas, mas o mundo real está muito distante dessa visão superficial.
Projectos reais carregam uma história — um conjunto de decisões que foram tomadas ao longo do tempo e que levaram o código ao estado actual.
É comum pensar que o projecto está desorganizado ou que não segue boas práticas, mas muitas dessas decisões foram influenciadas pela pressão do negócio e pela necessidade de entregar rápido.
Contexto de projectos reais
Em projectos reais, é comum encontrar arquivos com milhares de linhas.
O que realmente ajuda é entender os padrões, perceber a intenção original e agir com cuidado.
Refactorar é muito diferente da teoria.
Não se trata apenas de mudar o nome de uma classe, struct ou arquivo — há muitas variáveis envolvidas.
Algumas técnicas que ajudam
- Identificar código repetido
- Mover abstrações para helpers
- Fazer refactorações pequenas e seguras, em vez de grandes mudanças de uma só vez Em outras linguagens, seria comum dividir grandes arquivos em várias classes. Mas em Go, a estrutura da linguagem facilita bastante esse processo.
Refactoração em Go
A linguagem Go ajuda muito na refactoração:
- Funções a nível de pacote
- Structs a nível de pacote
- Facilidade em isolar helpers, mesmo sem classes Além disso, usar uma boa IDE faz toda a diferença — facilita navegar, testar e refactorar com segurança.
Refactorar é mais sobre compreender o contexto do código do que apenas reescrever funções. É um processo de respeito pela história do projecto e de construção de algo melhor, passo a passo.
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