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Por que estudar programação só na faculdade não te transforma em programador

Lembro bem do meu primeiro semestre de faculdade: cada aula parecia abrir uma porta nova no universo da programação. Algoritmos, estruturas de dados, lógica... tudo isso me fascinava. Eu achava que, no final do curso, estaria “pronto” para o mercado.

Mas a realidade bateu rápido.

No meu caso, entrei na faculdade já sabendo algumas coisas de programação. Hoje estou no segundo semestre e tenho visto como ela é importante para reforçar minha base. Mas a verdade é que ela não é minha principal fonte de estudos para me tornar um desenvolvedor.

O que a faculdade te dá (e o que ela não dá)

Ela é ótima para:

  • Ensinar fundamentos como lógica, matemática e paradigmas de programação.
  • Ajudar a construir pensamento crítico.
  • Dar uma visão ampla da área.

Mas ela geralmente não te ensina a:

  • Entregar software real em produção.
  • Lidar com bugs em ambientes que outras pessoas dependem.
  • Trabalhar em time com code review, PRs e metodologias ágeis.
  • Traduzir requisitos confusos em soluções práticas.

O que realmente faz diferença

Programar é resolver problemas. Só que problemas reais vêm com pressão, falhas inesperadas e decisões difíceis. E isso, você só aprende:

  • Criando seus próprios projetos.
  • Contribuindo em código de outras pessoas.
  • Explorando ferramentas que vão além da teoria. Foi quebrando a cabeça num projeto pessoal e errando várias vezes que eu aprendi mais do que em muitas provas.

Três passos que mudaram meu aprendizado

  1. Construir um projeto do início ao fim. Não importa se pequeno. O processo de pensar, implementar e publicar é transformador.
  2. Contribuir em projetos abertos. Code review e contato com padrões reais te fazem crescer rápido.
  3. Aprender ferramentas de mercado. Git avançado, CI/CD, containers e cloud. Isso te coloca mais perto do que as empresas usam de verdade.

O que recrutadores realmente valorizam

Quando comecei a buscar oportunidades, percebi que eles olham muito mais para:

  • Projetos no GitHub que funcionam.
  • Experiências de colaboração.
  • Capacidade de explicar escolhas e soluções.
  • Sede de aprendizado contínuo.

Diploma é importante, mas sozinho não garante vaga.


Conclusão — faculdade é trampolim, não linha de chegada

A faculdade é essencial, mas não é o destino final. É o ponto de partida.

Se eu pudesse dar um conselho para mim mesmo do passado, seria: não espere começar a graduação para praticar.

Comece pequeno, mesmo que seja resolvendo um problema da sua rotina com código. Em uma semana, você já terá algo real para mostrar.

É nesse caminho de criar, quebrar, consertar e compartilhar que estou me tornando um programador de verdade.

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