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Eduardo Rosa
Eduardo Rosa

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Vibe Coding vs. Engenharia Assistida por IA: Onde você está no espectro?

Você já sentiu que a programação está mudando de "digitar códigos" para "gerenciar intenções"? Se sim, você pode estar entrando na era do Vibe Coding.

Recentemente, tenho estudado o livro "Beyond Vibe Coding" de Addy Osmani, e a primeira parte traz uma reflexão fundamental sobre como nossa função está evoluindo. Não se trata apenas de usar o Copilot para autocompletar uma função, mas de uma mudança de paradigma.

Vamos mergulhar nos conceitos de Vibe Coding e Engenharia Assistida por IA.

O que é Vibe Coding?

O termo, popularizado por Andrej Karpathy, descreve um estilo de programação onde você "se entrega às vibes" da IA.

Basicamente, é uma abordagem prompt-first (o prompt vem primeiro). Em vez de escrever a sintaxe linha por linha, você descreve o que quer em linguagem natural e deixa o LLM (Grande Modelo de Linguagem) fazer o trabalho pesado.

  • O foco: Velocidade extrema e exploração.
  • A promessa: Transformar o "desenvolvedor 10x" em "desenvolvedor 100x", removendo o gargalo da digitação.
  • A mentalidade: Você atua menos como um digitador e mais como um gerente de projetos, aceitando sugestões de código rapidamente, muitas vezes sem ler cada linha do diff, desde que o resultado funcione.

É perfeito para criar protótipos, projetos "zero-to-one" ou scripts rápidos. Mas... tem seus perigos.

O Espectro da Codificação com IA

O livro destaca que não existe apenas um jeito de codar com IA. Existe um espectro, e entender onde se posicionar é o que separa um código frágil de um sistema robusto.

1. O Modo Vibe Coding (Exploração)

Aqui, a meta é ver o resultado na tela o mais rápido possível. É ótimo para hackathons ou validação de ideias.

  • Risco: O código pode virar um "castelo de cartas". Funciona no "caminho feliz", mas pode ser difícil de manter, inseguro ou cheio de bugs sutis.

2. O Modo Engenharia Assistida por IA (Estrutura)

No outro lado do espectro, temos a Engenharia Assistida por IA. Aqui, a abordagem é plan-first (o plano vem primeiro).

  • O processo: Você cria uma especificação ou arquitetura clara antes de pedir código à IA.
  • A mentalidade: A IA é sua estagiária ou copiloto. Você delega tarefas, mas revisa tudo com rigor. O humano mantém o controle total das decisões arquiteturais.
  • O objetivo: Qualidade, confiabilidade e manutenibilidade a longo prazo.

Encontrando o Equilíbrio

A grande sacada não é escolher um lado e ficar nele para sempre. Desenvolvedores de elite na era da IA serão como maestros:

  1. Usarão Vibe Coding para desbloquear a criatividade e sair do zero.
  2. Mudarão para a Engenharia Assistida por IA quando for hora de construir sistemas de produção, refatorar ou garantir a segurança.

E você?

Em qual parte do espectro você tem passado mais tempo ultimamente? Você se sente confortável "confiando na vibe" ou prefere manter o controle total linha por linha?

Deixe sua opinião nos comentários!


Este artigo foi baseado em estudos sobre a "Part I: Foundations" do livro Beyond Vibe Coding.

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