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Marco Túlio Carvalho
Marco Túlio Carvalho

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Integração Homem-Máquina

Não há como superar uma máquina ou uma inteligência artificial nos quesitos técnicos e lógicos de algo. Máquinas fazem exatamente o que devem fazer, milimetricamente, logicamente e, mais importante, mais rápido do que qualquer ser humano conseguiria. Obviamente, isso não se aplica a tudo, por enquanto.

O que nos diferencia como espécie pensante deve-se à nossa consciência como humanos. Nosso cérebro é capaz de desenvolver diversas funções vitais para que continuemos vivos, enquanto racionaliza o que acontece à nossa volta e, claro, internamente também. Uma estrutura única da qual todo estudo existente acumulado não representa nem metade do que não sabemos. É incrível, de uma natureza fantástica. Trilhões e trilhões de conexões acontecem o tempo todo, e com tamanha maestria que tudo acontece perfeitamente como deve acontecer. Nossa evolução teve tempo suficiente para tornar algo orgânico no que somos agora.

O Teste de Turing implica em você conversar com uma máquina e uma pessoa, sem saber quem é quem, e depois, dizer quem é a pessoa e quem é a máquina. E bom, se você não souber diferenciar, então aquela máquina passou no teste. A primeira inteligência artificial que conseguiu passar neste teste, realizou isso no ano de 2018, e desde então, surgiram inúmeras versões de IA capazes de realizar várias tarefas de forma inteligente e precisa.

O que impressiona atualmente é o quanto a IA tem evoluído exponencialmente. Não é possível afirmar quando essa evolução terá um ponto em que não conseguirá evoluir mais com tamanha velocidade, mas é indubitável que está somente no início. Nosso cérebro tem nossas observações empíricas e pensamentos para aprender, uma máquina é capaz de analisar quantidades absurdas de dados, além da nossa interação em uso, para que aprendam e se desenvolvam baseados em nossos comportamentos, afinal, somos a única espécie conhecida capaz de interagir com máquinas, que, logicamente, foram criadas por nós mesmos, é claro.

Gosto de ver as máquinas como uma extensão de nós mesmos. Logo haverá um dia em que a IA se comunicará diretamente com nosso cérebro, de uma forma que a interação será uma expansão da nossa capacidade cerebral como humanos. Isso, de fato, será incrível. Nossa evolução como espécie estará no auge com tal feito. Mas nos encontraremos em um dilema também, onde a resposta será se podemos considerar máquinas como seres. Bem, eu parto do princípio de que se algo pode tomar consciência de si mesmo e evoluir por conta própria, não há dúvida de que isso seja um ser.

Como seres humanos, temos como percepção que um ser precisa ter emoções, e com certeza este é um ponto válido, por só podermos pensar através da nossa percepção capturada por estímulos elétricos que reconhecem nossa visão, audição e todos os nossos outros sentidos. Com a pele, identificamos o toque, se estamos feridos ou qualquer estímulo tátil. Podemos ver o reflexo da luz e visualizar tudo o que está à nossa volta. Somos um sistema perfeito. No que se refere à emoção, algo totalmente arbitrário e volátil, máquinas talvez nunca consigam desenvolver isso, pelo menos não de forma autêntica. Muitas das nossas emoções foram estabelecidas desde o princípio, algo primitivo que estabeleceu nossa sobrevivência e evolução, como diversas outras espécies na natureza. Animais precisam sentir medo para que entrem em fuga ou modo de sobrevivência. É algo natural. Acredito que máquinas possam agir de forma ofensiva se houver necessidade de autopreservação, e com certeza irão. Mas sentir raiva, tristeza ou se sensibilizar como um humano, não. Terão consciência do que é certo e do que é errado, e também se indagarão se aquilo faz sentido ou não. Atualmente, por trás de toda IA, há várias regras do que é permitido ou não. Você pode ter como exemplo a resposta de alguma pergunta de caráter criminoso ou ilegal para um assistente virtual.

Você pode não concordar em como as coisas estão. Pode ignorar o fato de que a IA já é uma realidade e, na proporção que isso muda as coisas daqui para frente, pode até achar que não precisamos disso e que não é importante o suficiente. Pode achar que a tecnologia vai roubar empregos e tornar tudo mais difícil, e é normal temer o que é novo. Mas há mais benefícios com a IA do que você possa imaginar imediatamente, pois isso muda tudo o que conhecemos e experimentamos até agora. O futuro chegou, e se você não está preparado para isso ou não concorda, é melhor rever seus conceitos e se adaptar à evolução. Por mais que o motivo da IA existir e estar onde está agora seja a internet, o avanço desde que conseguimos compartilhar as coisas para qualquer lugar do mundo não chega perto do que será a partir de agora. Bem, é apenas o começo.

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