Olá QAs, tudo massa ? Daremos continuidade ao tema, acompanhando o case apresentado na Parte 1 Agile Test, disponível no seguinte link, onde apresentei um case de estudo.
1. CENÁRIO ATUAL: CASE APRESENTADO
Versões geradas durante a sprint e disponibilizadas para teste não estão alcançando êxito e funcionamento pleno conforme o planejado.
2. TIMES ENVOLVIDOS
De forma geral, em projetos de desenvolvimento de software, os times envolvidos podem ser:
- DEVs
- QAs
- Designers
- POs
- SMs
- DBAs
- Infraestrutura e/ou TI
- Gerente do Projeto
- Demais…
Com os itens que propomos na Parte 1, você como responsável pela Qualidade do projeto, irá propor as mudanças e sugestões de forma suave e com o sentimento de "baby steps", pois a mudança e o novo, podem gerar incômodos no time ou squad de trabalho.
3. PROPOSTA
Antes de começar de fato as mudanças, analise o ambiente, observe os comportamentos e identifique padrões que possam existir. Leve em consideração algumas informações:
- Processo atual;
- Times envolvidos e quantidade;
- Insumos de informações;
- Contratos, leis, legislações ou regras que devem ser cumpridas tanto pela organização como a entrega efetiva;
- Time box da sprint;
- Time box de resolução de problemas;
- Problemas, situações ou comportamentos rotineiros e que impactam o fluxo de trabalho;
E demais variáveis que observe e que sejam relevantes a sua análise e ambiente inserido. Não descarte nada de início, entenda cada parte e como elas podem e influenciam o todo. Sim, esta fase será árdua, muita dor de cabeça e impedimentos de acesso, mas siga firme e forte, pois quando um processo ou time é observado e analisado, as pessoas instintivamente se fecham ou geram um bloqueio, o que é super natural, mas você terá que ter um jogo de cintura e apresentar a proposta real de seu trabalho, deixando claro que não é para apontar erros, rotular posturas ou condenar atos, mas um levantamento para um bem maior: a melhoria do processo atual.
A ajuda e "carta branca" da gerência do projeto, organização e afins, o ajudará muito neste ponto, pois através deles, o caminho e abertura ao diálogo, poderão ser menos árduos.
4. MEDO DA MUDANÇA
Elaborado pelo autor.Em qualquer lugar o desafio de propor a mudança, sempre será recebido com receio e medo, seja pela maioria ou minoria, acredite, isso é fato. Como a figura ao lado, em um ambiente, além de existirem muito mais e além das variáveis que apresentei: Processo, Pessoas e Problemas. Apenas trouxe como exemplo as principais e que geralmente terá mais dificuldade de conciliar e conquistar espaço. Longe de querer rotular aqui que essas atrapalham ou pessoas sempre será a barreira da mudança, mas instintivamente, o novo é visto como algo distante ou de grande ou gigantes organizações, como se fosse algo impossível de ser aplicado ou conquistado. Dessa forma, a mudança sempre será vista como na figura, quadrada, difícil, distante, diferente do comum e assim os adjetivos vão sendo ditados, como uma espécie de escudo e resistência.
Siga os planos e ideias com o pé no chão e profissionalismo. Todos, com o tempo, irão perceber que o novo não era nada complicado e só ajuda.
5. ANÁLISE E REFINAMENTO
Aqui não tem mistério, o trabalho será reunir, unir e categorizar, toda a informação que coletou durante as suas observações e análises, além de feedbacks que o guiaram para possíveis proposta de soluções. Um caminho que pode seguir é:
- Ferramentas atuais versus informações obtidas
- Processo atual versus problemas versus resultado final
- Capacidade atual versus capacidade real
- Times envolvidos versus problemas que geram impacto
- Times envolvidos versus boas práticas que podem ser compartilhadas
Enfim, há uma infinidade de situações e visões que podem ser trazidas aqui, identifique as que fazem mais sentido para a sua realidade e ambiente inserido.
6. Gerando KPI
KPI vem do inglês Key Performance Indicator que traduzindo fica, Indicador Chave de Performance, que pode ser por área, time, individual ou conforme a sua necessidade. Nesta fase, levaremos em consideração que você analisou o ambiente, colheu os dados, fez a análise e identificou onde estão os gaps, gargalos ou necessitam de uma atualização. Item 4. Análise e Refinamento.
É preciso evidenciar a necessidade da mudança e propor um plano de ação para que suas ideias e propostas sejam aceitas de forma geral e para isso, seu trabalho agora será de propor soluções, ou seja, você é um Analista de Teste, um agente que transforma, através da Qualidade de Software, e promove a mudança e impacta positivamente o time.
7. AJUSTES
Realize os ajustes e adequações conforme a necessidade e disponibilidade da solução. Mas os detalhes de como iremos fazer isso, abordarei no próximo post. Até lá!
Este post é apenas um pedacinho da Área de Qualidade de Software e Desenvolvimento de Software, busque e qualifique-se.
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