Conteúdo original nessa thread do Twitter
Dev,
Vamos molhar o pé em Infra/DevOps? Já ouviu falar de INFRAESTRUTURA IMUTÁVEL?
O Dinoaldo nunca tinha ouvido falar, mas sua vida melhorou depois que aprendeu sobre isso.
cc @sseraphini
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Dino cuidava da infra duma empresa. Só ele tinha acesso (quem nunca se deparou com isso, né?) e qualquer mudança, como atualização de servidores, runtimes, etc. era só com ele! SÓ COM ELE, tá?!
Os servidores da empresa eram sempre os mesmos e de 3 em 3 anos a empresa trocava tudo. Nessa época Dino se esbaldava! Era o centro das atenções pois ficava cerca de 6 semanas só instalando e configurando todos os servidores para que ficassem iguais aos anteriores.
Nem precisa falar o salseiro que era quando um dos servidores dava pau e precisava ser substituído, né? Só Dino resolvia. Refazia o servidor IN-TEI-RO com as 200 configurações que só ele conhecia.
A empresa toda ficava impossibilitada de fazer qualquer deploy em produção nessas épocas – Dino tinha seu emprego garantido!
Ah!, Dino, como vc é importante, não é mesmo?!
Mas as coisas mudam...
Alguém influente da empresa lera numa revista sobre os benefícios de DevOps e então tratou logo de contratar a devopeira mais zica do mercado.
Tati Quebra Legado foi então contratada – uma leonina devopeira de alto gabarito e com muita sede de mudança.
Dinoaldo era muito resistente à mudanças, mas com a Android não teve jeito. Ela explicou a Dino sobre as vantagens de uma infraestrutura imutável.
Tati: Amigo, estamos num mundo onde as coisas mudam rápido; sistemas, aplicações assim como a infra que suporta tudo isso também precisa poder mudar rápido.
Dino: Ué? Mas eu mudo rápido. É só logar no servidor, fazer as mudanças necessárias e pronto!
Tati: Não, amigo. A cada vez que os servidores precisam ser trocados/alterados, a empresa pára. O principal problema da sua abordagem de fazer várias de mudanças nos servidores é que não temos RE-PRO-DU-TI-BI-LI-DA-DE! Ou seja, é muito difícil manter um histórico de tudo que fez.
Tati: Reprodutibilidade exige mais trabalho na hora de automatizar, mas é um trabalho que se paga a médio e longo prazos.
Dino se incomodou. Sentiu seu emprego ser ameaçado com as palavras de Tati.
Tati: Esse conceito/abordagem que vem adotando faz com que chamemos os servidores de "pets" ou "snowflakes" (pelo apego e exclusividade no sentido de único e diferente).
Tati: A principal vantagem de infraestruturas imutáveis é que conseguimos ter consistência e velocidade nas possíveis mudanças, pois passa a ser apenas uma questão de mudanças de configuração nos processos de deploy. Muda apenas um arquivo YAML, JSON, etc. e pronto!
Tati: O mudo Cloud hoje em dia te dá todo o suporte para automatizar qualquer tarefa e já conta que teremos recursos descartados e renovados a todo momento.
Dino que era prolixo e estava muito nervoso com aquele assunto, falou algumas coisas que não caberiam no Twitter e que não fizeram sentido algum. Dino estava mal mesmo.
O tempo passou e Tati Quebra Legado com a ajuda de Dino (não teve jeito pra ele) mapeou todas as 2034023489 mudanças que Dino fez em cada servidor, configurou automatizações de deploys com todas elas e assim as coisas foram ficando cada vez melhor para a empresa!
Em pouco tempo, todo deploy era automatizado e configurável facilmente. A empresa deu um passo na modernização e adotou o modelo de IaaS em cloud e isso não impediu a abordagem de imutabilidade de infra/deploy.
Dino começou a entender os benefício e se animou com essas coisas de DevOps. Prestou exames para certificação AWS Cloud Practitioner e tirou sua primeira certificação! Ah, Dino também achou importante aprender uma linguagem de programação – escolheu Python.
Tati foi reconhecida na empresa e virou uma referência no assunto; até por Dinoaldo que era resistente e orgulhoso.
Se chegou até aqui, muuuuito obrigado pela moral! Sério. Curto demais escrever essas historinhas e saber que ajudei pelo menos uma pessoa, me deixa muito feliz! ♥️
E um agradecimento especial a @umataldetatiana pelo apoio!
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