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Anderson Contreira
Anderson Contreira

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Quer trabalhar com empresas internacionais?

Saiba que isso não acontece da noite para o dia. É um processo que exige planejamento de curto e médio prazo, dedicação e constância.

O primeiro passo é o planejamento financeiro. Invista em aulas de conversação com professores brasileiros para ganhar confiança. Depois, avance para professores nativos em plataformas como o italki. Se possível, escolha professores do país onde você pretende trabalhar, isso ajuda a se adaptar melhor ao sotaque e à cultura local.

Também é importante acostumar o ouvido a diferentes sotaques. Assista a conteúdos em inglês de pessoas não nativas, como indianos, chineses ou europeus (principalmente do leste europeu). O mercado internacional é multicultural, e estar preparado para compreender diferentes sotaques é uma grande vantagem.

O ideal é que você já esteja trabalhando durante esse processo. Assim você tem tempo para ir se organizando e, quem sabe, até se arriscar de tempos em tempos em algumas vagas para ganhar experiência com entrevistas.

A maturação leva tempo, normalmente de 2 a 4 anos, mas pode ser mais rápida se você se dedicar com foco.

Além do idioma, é fundamental desenvolver a escrita em inglês, especialmente se a sua função exigir a criação de documentos técnicos, relatórios ou comunicações formais com nativos.

Outro ponto essencial é o planejamento pessoal e de carreira. Se você pensa em morar fora, pesquise muito sobre o país, o custo de vida e o processo de migração. Tenha uma reserva financeira, pois imprevistos são comuns: taxas, moradia, seguros, abertura de conta e outras despesas que surgem no caminho.

Prepare seu portfólio, currículo e LinkedIn. O formato internacional tem algumas diferenças, então vale estudar isso. Se possível, obtenha cartas de recomendação e prepare uma cover letter, muito valorizada no exterior.

Para quem é da área de tecnologia, o nível técnico exigido nas entrevistas costuma ser mais alto do que o que vemos no dia a dia no Brasil. É importante se preparar bem, estudar bastante e buscar excelência. O mercado internacional valoriza profissionais qualificados, e certificações podem fazer diferença. Elas mostram comprometimento e domínio técnico, especialmente em áreas como cloud, segurança, arquitetura e gestão.

A formação acadêmica também tem peso para muitas empresas estrangeiras, principalmente na Europa.

No dia a dia, esteja preparado para uma cultura de trabalho mais direta. As críticas fazem parte do processo e dificilmente há espaço para conversas fora do contexto profissional. As reuniões costumam ser curtas, de até 30 minutos, e você precisa ser claro e objetivo ao se comunicar. Feedbacks existem, mas não com a frequência ou informalidade que estamos acostumados no Brasil.

Para se destacar, é preciso entregar valor constantemente.

Em resumo, o caminho para trabalhar com empresas internacionais passa por preparo financeiro, aprimoramento do idioma, atualização profissional, certificações e autoconhecimento.

Talvez eu tenha esquecido de alguns pontos, mas espero que essas dicas ajudem você a se planejar e dar o primeiro passo.

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