DEV Community

Thiago da Silva Adriano
Thiago da Silva Adriano

Posted on

PaaS (Platform as a Service)

PaaS é aquele meio-termo entre “eu controlo tudo” e “não quero esquentar a cabeça”. A plataforma cuida do sistema operacional, do runtime e de grande parte do middleware. Aqui você foca no código, faz o deploy e deixa a infraestrutura no piloto automático.

Na prática, você sobe uma API ou um app web via Git/CLI/contêiner, conecta um banco gerenciado, configura variáveis de ambiente e pronto: a plataforma lida com escalabilidade, atualização de SO, balanceamento, certificados TLS e logs.

Por baixo dos panos, o PaaS empacota sua aplicação, entrega um endpoint público, roteia tráfego, escala conforme métricas (CPU, requisições, fila), reinicia processos quando caem e oferece um “marketplace” de serviços: bancos relacionais e NoSQL, cache, fila, storage de objetos, e-mail transacional, tudo plug-and-play.

O melhor do PaaS aparece quando a prioridade é velocidade com previsibilidade.

Projetos acadêmicos, MVPs, provas de conceito e produtos digitais que precisam ir ao ar em dias — não semanas — se beneficiam muito. Ao não gerenciar kernel, patches, drivers e topologias complexas de rede, o time fica livre para experimentar features, medir resultado e iterar.

Em custos, o PaaS costuma cobrar por vCPU/GB de RAM por hora, número de requisições, tempo de execução, armazenamento e saída de dados. É comum ter camadas gratuitas ou “scale to zero” para ambientes ociosos, o que ajuda em laboratório. A gestão financeira segue o mesmo básico: etiquetar recursos por time/projeto, definir budgets e alertas, fazer rightsizing (planos menores quando dá, maiores só quando preciso), e preferir serviços gerenciados nativos da plataforma para reduzir integrações caras.

Exemplos de projetos PaaS

  • API REST com autoscaling e banco relacional gerenciado
  • App web SSR com autenticação e cache distribuído
  • Worker assíncrono com filas para processamento de jobs
  • Webhooks e tarefas programadas (cron) para integrações
  • App tempo real (WebSockets) com storage de objetos para mídias
  • Pipeline leve de dados (ingestão, transformação e API de leitura)
  • Microsserviços com deploy blue‑green/canary e observabilidade nativa
  • Portal de curso/laboratório com ambientes efêmeros por turma

Cloud providers:

  • Heroku - o clássico, Git-based deploy, add-ons marketplace
  • Google App Engine - autoscaling, múltiplas linguagens
  • Azure App Service - integração Office 365, Windows/.NET forte
  • AWS Elastic Beanstalk - abstração sobre EC2/RDS
  • Google Cloud Run - containers serverless
  • Azure Container Apps - containers com autoscaling

Novos players (developer-friendly):

  • Render - alternativa moderna ao Heroku
  • Fly.io - edge computing, containers globais
  • Railway - interface clean, deploy simples
  • Vercel - foco frontend/fullstack (Next.js, React)
  • Netlify - JAMstack, static sites + functions

Em resumo, o PaaS é sobre colocar ideias no ar rápido, com menos atrito.

Top comments (0)