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Ranieri Valença
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Linguagem PHP: Introdução ao Desenvolvimento Web

Tópicos

 1. Introdução
 2. Interpretador de PHP
       2.1. Tags de Marcação de Início e Fim
             a. Códigos Fora das Tags:
       2.2. Comentários
       2.3. Tipos de Dados
       2.4. Operadores
       2.5. Variáveis
       2.6. Estruturas de Controle:
       2.7. Arrays e Arrays Associativos
       2.8. Loop foreach
       2.9. Loops com dois pontos e end
       2.10. Sintaxe Resumida do Echo
       2.11. Fim de Bloco de Código e Último Bloco de Código de um Arquivo
       2.12. Intercambiando Códigos PHP com HTML
             a. Exemplo com laço FOREACH
             b. Exemplo de instrução condicional IF/ELSE
 3. Conclusão

Introdução

PHP é uma linguagem de programação amplamente utilizada para desenvolvimento web. Criada por Rasmus Lerdorf em 1994, PHP (que inicialmente significava "Personal Home Page", mas agora é uma sigla recursiva para "PHP: Hypertext Preprocessor") evoluiu para se tornar uma ferramenta poderosa e flexível para criar aplicações web dinâmicas.

Interpretador de PHP

PHP é uma linguagem interpretada, o que significa que o código-fonte PHP é lido e executado linha por linha durante o tempo de execução, em vez de ser compilado em um programa independente. O interpretador de PHP é um software que interpreta e executa os scripts PHP. Quando você executa um script PHP diretamente da linha de comando, os resultados são mostrados diretamente no terminal.

Tags de Marcação de Início e Fim

Em PHP, o código a ser interpretado é delimitado por tags de marcação especiais que indicam ao interpretador onde o código PHP começa e termina. As tags de marcação padrão são:

<?php
// Código PHP aqui
?>
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Também é comum usar a tag curta <?, mas é importante notar que nem todos os servidores web suportam essa forma curta de tag e pode estar desabilitada nas configurações de PHP. No entanto, ao executar o script diretamente da linha de comando, as tags curtas geralmente são suportadas.

Códigos Fora das Tags:

Quando você executa um script PHP diretamente da linha de comando, qualquer conteúdo fora das tags de marcação <?php ?> é tratado como saída padrão e é exibido diretamente no terminal. Isso significa que você pode usar o PHP para gerar e mostrar informações no terminal, mesmo que não esteja rodando o script em um servidor web. Isso também significa que você pode escrever qualquer coisa fora das tags de marcação PHP para serem escritas diretamente na saída.

Por exemplo, considere que o código a seguir chama-se script.php:

Olá, sua idade é: <?php
$idade = 18;
echo $idade;
?>
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Uma chamada no terminal por

php script.php
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Teria como resultado

Olá, sua idade é 18
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Se o seu código não contiver nenhuma tag PHP, o resultado da execução do script usando o interpretador do PHP será exatamente o conteúdo do arquivo.

Comentários

Em PHP, você pode adicionar comentários para documentar seu código. Comentários são trechos de texto que não são executados pelo interpretador e servem apenas para explicar o que o código faz. Existem dois tipos de comentários em PHP:

Comentários de uma única linha:

// Este é um comentário de uma única linha
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Comentários de múltiplas linhas:

/* 
   Este é um comentário 
   de múltiplas linhas
*/
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Tipos de Dados

PHP suporta vários tipos de dados:

  • int: Números inteiros, por exemplo, 10, -5, 1000.
  • float: Números com casas decimais, por exemplo, 3.14, -0.5.
  • string: Sequência de caracteres, por exemplo, "Olá mundo!", 'PHP é divertido!'.
  • boolean: Representa verdadeiro (true) ou falso (false).
  • null: Representa a ausência de valor.
  • array: Coleção de elementos, indexada numericamente.
  • object: Instâncias de classes definidas pelo usuário.
  • resource: Referência a recursos externos, como conexões de banco de dados ou manipuladores de arquivos.
  • callable: Representa um objeto ou função que pode ser chamado.

Operadores

PHP suporta diversos tipos de operadores:

  • Aritméticos: + (adição), - (subtração), * (multiplicação), / (divisão), % (módulo).
  • De Comparação: == (igual), != (diferente), > (maior que), < (menor que), >= (maior ou igual), <= (menor ou igual).
  • Lógicos: && (E lógico), || (OU lógico), ! (NÃO lógico).
  • De Atribuição: = (atribuição simples), += (adição com atribuição), -= (subtração com atribuição), *= (multiplicação com atribuição), /= (divisão com atribuição), entre outros.
  • De Incremento e Decremento: ++ (incremento), -- (decremento).
  • Ternário: condição ? valor_se_verdadeiro : valor_se_falso.
  • Concatenador: . (para concatenar strings).
  • Igualdade e Diferença Estritas: === (igualdade estrita) e !== (diferença estrita).

Os operadores de igualdade estrita (===) e diferença estrita (!==) são usados para comparar tanto o valor quanto o tipo de dados de duas expressões. Isso significa que, ao usar ===, as expressões devem ser idênticas em valor e tipo para que a comparação seja considerada verdadeira. Por outro lado, com !==, a comparação é verdadeira se as expressões tiverem valores ou tipos diferentes. Esses operadores são importantes quando é necessário garantir que tanto o valor quanto o tipo sejam levados em consideração durante as comparações.

Variáveis

As variáveis em PHP são precedidas pelo símbolo de dólar $ e podem ser definidas dinamicamente sem a necessidade de declarar um tipo. Veja um exemplo:

$nome = "João";
$idade = 25;
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Estruturas de Controle:

As estruturas de controle em PHP são muito similares a outras linguagens de programação do tipo C-like, como JavaScript. Elas permitem que você controle o fluxo do programa. As principais estruturas de controle são:

IF, ELSEIF e ELSE:

$idade = 18;

if ($idade >= 18) {
    echo "Você é maior de idade.";
} elseif ($idade >= 16) {
    echo "Você é adolescente.";
} else {
    echo "Você é menor de idade.";
}
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FOR:

for ($i = 1; $i <= 5; $i++) {
    echo "Número: " . $i . "\n";
}
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WHILE:

$i = 1;
while ($i <= 5) {
    echo "Número: " . $i . "\n";
    $i++;
}
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DO-WHILE:

$i = 1;
do {
    echo "Número: " . $i . "\n";
    $i++;
} while ($i <= 5);
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Arrays e Arrays Associativos

Arrays são coleções de elementos que podem ser indexados numericamente iniciando no 0, assim como em C ou JavaScript. Em PHP, os arrays podem ser criados usando a função array() ou a notação de colchetes [] a partir da versão 5.4.

Dado o fato de que PHP é uma linguagem com tipagem dinâmica, os arrays podem ser mistos, ou seja, contendo elementos de diversos tipos de dados.

Veja um exemplo de array:

$frutas = array("maçã", "banana", "laranja");
// [0] => "maçã" / [1] => "banana" / [2] => "laranja"
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Além disso, os arrays em PHP podem ter chaves não numéricas. Esses arrays são chamados de arrays associativos, e são arrays onde cada elemento tem uma chave do tipo string associada. Veja um exemplo:

$aluno = array("nome" => "Maria", "idade" => 20, "nota" => 9.5);
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Loop foreach

O loop foreach é especialmente útil para iterar sobre os elementos de um array. Ele percorre cada elemento do array e executa um bloco de código para cada elemento. Veja um exemplo:

$frutas = array("maçã", "banana", "laranja");
foreach ($frutas as $fruta) {
    echo $fruta . "\n";
}

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Isso produzirá a seguinte saída no terminal:

maçã
banana
laranja
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No caso de arrays associativos, você pode acessar tanto a chave quanto o valor usando a seguinte sintaxe:

$aluno = array("nome" => "Maria", "idade" => 20, "nota" => 9.5);
foreach ($aluno as $chave => $valor) {
    echo $chave . ": " . $valor . "\n";
}
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Isso produzirá a seguinte saída no terminal:

nome: Maria
idade: 20
nota: 9.5
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Loops com dois pontos e end

Outra forma de escrever loops em PHP é delimitando o bloco de código do loop usando dois pontos (:) e end[nome do loop]. Essa forma torna o código mais legível quando se trabalha com blocos grandes de HTML que estão dentro do bloco do laço. Veja os exemplos:

$frutas = array("maçã", "banana", "laranja");
for ($i = 0; $i < sizeof($frutas); $i++):
    echo $frutas[$i] . "\n";
endfor;
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No caso de arrays associativos:

$aluno = array("nome" => "Maria", "idade" => 20, "nota" => 9.5);
foreach ($aluno as $chave => $valor):
    echo $chave . ": " . $valor . "\n";
endforeach;
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Sintaxe Resumida do Echo

Para imprimir valores na saída, você também pode usar a sintaxe resumida do echo, utilizando <?= $valor ?>:

$nome = "Maria";
echo "Olá, " . $nome . "!"; // Saída: Olá, Maria!
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Pode ser escrito de forma mais concisa usando a sintaxe resumida:

<?php
$nome = "Maria";
?>
Olá, <?= $nome ?>! <!-- Saída: Olá, Maria! -->
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Fim de Bloco de Código e Último Bloco de Código de um Arquivo

Em PHP, a última linha de um bloco de código não precisa de ponto e vírgula (;). Isso torna mais fácil adicionar ou remover linhas de código sem se preocupar com o ponto e vírgula na última linha.

Além disso, quando o arquivo PHP termina com um bloco de código, o último bloco de PHP não precisa ser fechado com ?>. Essa prática é comum em arquivos que contêm apenas código PHP e não incluem HTML ou outras marcações. Deixar o último bloco sem o fechamento ?> ajuda a evitar espaços em branco ou caracteres adicionais após o fechamento do PHP, o que poderia causar erros em determinadas situações.

Intercambiando Códigos PHP com HTML

Uma das principais vantagens do PHP é a capacidade de intercambiar códigos PHP com HTML, permitindo a criação de páginas web dinâmicas, onde o conteúdo pode variar de acordo com as condições definidas no código PHP. Isso é especialmente útil quando se trabalha com estruturas de controle, como laços e instruções condicionais, que podem ser facilmente integradas ao HTML usando a sintaxe de dois pontos e end.

Vamos ver como podemos utilizar a sintaxe de dois pontos e end para intercalar estruturas de controle PHP com blocos de HTML.

Exemplo com laço FOREACH

Suponha que temos um array contendo alguns nomes de frutas e queremos exibi-los em uma lista não ordenada (<ul>) em nosso HTML:

<?php
$frutas = array("maçã", "banana", "laranja");
?>
<ul>
<?php foreach ($frutas as $fruta): ?>
    <li><?= $fruta ?></li>
<?php endforeach ?>
</ul>
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O laço foreach percorre o array $frutas e para cada elemento, o código HTML é gerado dentro do laço, exibindo cada fruta em um elemento <li> da lista não ordenada. Note também que aqui estamos usando o endforeach sem ponto-e-vírgula no final, já que ele é o último (e único) comando do bloco em questão. O mesmo acontece o bloco que escreve a variável $fruta

Exemplo de instrução condicional IF/ELSE

Suponha que temos uma variável $idade e queremos exibir uma mensagem personalizada com base na idade em nosso HTML:

<?php
$idade = 25;
?>
<?php if ($idade >= 18): ?>
    <p>Você é maior de idade.</p>
<?php else: ?>
    <p>Você é menor de idade.</p>
<?php endif ?>
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Neste exemplo, usamos a instrução condicional if/else para verificar se a idade é maior ou igual a 18. Dependendo do resultado, exibimos uma mensagem apropriada no HTML usando <p> (parágrafo).

Essa abordagem facilita a criação de páginas web dinâmicas, pois podemos incorporar lógica de programação PHP diretamente em nossos arquivos HTML. Dessa forma, podemos construir interfaces interativas que se adaptam a diferentes cenários e situações, proporcionando uma experiência mais personalizada e agradável aos usuários.


Conclusão

Com isso, você já é capaz de construir scripts simples utilizando PHP e HTML (ou apenas texto puro, se assim desejar) e executá-los no terminal para ver os resultados.

A seguir, vamos falar sobre mais alguns recursos importantes da linguagem PHP e abordar questões relacionadas ao modelo cliente-servidor e o protocolo HTTP que são os fundamentos da Internet.

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Leslie

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