A nova versão LTS do Java chegou e com ela tivemos algumas mudanças não só a nível de código, mas também de como a Oracle lida com as novas releases; agora, serão lançadas versões a cada 6 meses e a cada 4 anos uma nova versão LTS será lançada. Em setembro deste ano de 2021 será lançada a versão 17 que também será LTS.
Esse artigo trará algumas informações sobre a versão long-term atual. Bem como novas features e features que foram removidas e performasse.
Porque escolher Java 11?
Apesar de existirem novas versões com várias melhorias, que iremos explorar, o Java 8 ainda continua sendo a versão mais usada, representado 75% dos projetos segundo o dev eco system 2020 do Jetbrains.
Ao mesmo tempo imagino que aos poucos a tendência é que esse número venha a diminuir aos poucos para uma versão mais nova já que o suporte à versão 8 se encerrou em janeiro do ano de 2019. Em 2019 83% dos projetos ainda utilizavam Java 8 e diminuiu quase 10% em um ano, então porquê não estar preparado pra essa transição?
Novidades
Manipulação de Strings
Alguns métodos foram adicionados no tocante a manipulação de Strings como o repeat, strip, stripLeading, stripTrailing, lines e isBlank. Esses métodos vão tornar seu trabalho muito mais rápido sem a necessidade de importar novas bibliotecas.
Dando destaque ao strip que tem o funcionamento similar ao do trim só que ele da suporte ao Unicode:
No caso do trim ele não reconhece o \t como espaço:
Ainda falando de strings podemos mencionar que foi adicionado o Unicode 10, então agora você consegue utilizar mais tipos de emoji no seu código 🙂.
Variáveis por inferência
Foi incluída uma novidade bem legal no Java 11, que já é utilizada em outras linguagens como o Kotlin. São as variáveis de tipo "genérica", em que seu tipo é definido em tempo de compilação.
Essa implementação foi introduzida na JEP 323, agora podemos definir variáveis apenas com:
E não só isso! Em lambda expressions nós podemos adicionar anotações na entrada da função:
Manipulação de arquivos
Na nova versão também ficou mais fácil de ler e escrever Strings em arquivos. Foram implementados dois métodos:
- readString()
- writeString()
Novidades no GC
Diferente da JVM GC que é responsável por alocar e desalocar memória, o Epsilon consegue apenas alocar memória. Mas aí você pensa: “Mas que inútil, um garbage collector que apenas aloca? Pra que vou usar isso?”. Calma! Essa ferramenta pode ajudar em algumas coisas durante o processo de desenvolvimento como teste de performance.
Tendo apenas compatilibilidade com os sistemas Linux, também temos de novidade o GC experimental de baixa latência, Z Garbage Collector, ZGC, é apresentado, com o objetivo de ter um tempo de pausa máximo de 10 ms.
HTTP client
Também foi implementado o HTTP Client API, que suporta não só o HTTP 1.1 mas como também o HTTP 2 e o websocket através do HttpClient, HttpRequest, HttpResponse e o Websocket.
Flight recorder
Em termos de perfiladores de código temos adição de um produto que era comercial e agora tem uma versão open source no Open JDK 11. Essa ferramenta consegue perfilar a aplicação em tempo de execução e guarda os resultados em um arquivo ‘.jfr’.
Top comments (2)
Muito legal o artigo, resumiu bem!
Só uma observação quando vc diz "São as variáveis de tipo "genérica", em que seu tipo é definido em tempo de execução".
Na verdade toda variável tem um tipo definido já em tempo de compilação, não de execução. O tipo é inferido com base no valor que vc usa para inicializar a variável.
Para comprovar isso, experimente compilar o código abaixo:
Vc vai ver que ocorrerá um erro de compilação com a mensagem "error: incompatible types: String cannot be converted to int".
Obrigado pela observação! Realmente é isto mesmo que você falou. Vou corrigir a publicação 😄