Com o aumento de popularidade e e fluxo de usuários na rede Ethereum, os custos aumentaram e a velocidade com que as transações são efetivadas diminuiu. Aí surgiu a necessidade de um trabalho mais voltado para a escalabilidade.
Os maiores problemas a serem resolvidos são a lentidão e o alto custo no envio de transações, o que é bem comum no que chamamos de Layer 1 (primeira camada) da rede Ethereum, a Ethereum Mainnet.
Daí surgem as soluções conhecidas pela gente por Layer 2, como Polygon e Arbitrum, que buscam principalmente fazer com que as transações sejam mais rápidas e baratas, mas sem abrir mão da segurança e descentralização da Layer 1.
Essas características, segurança e descentralização, são imprescindíveis para o funcionamento de uma blockchain (de verdade), e elas podem ser maximizadas com a diminuição das barreiras de entrada, tanto de usuários quanto de nós (máquinas) validadores de transação.
As soluções de Layer 2 são chamadas "soluções off-chain", porque elas não são ligadas diretamente à blockchain Ethereum, sendo apenas derivadas dela, adotando protocolos de segurança e descentralização parecidos com o da Mainnnet.
Nesse modelo, basicamente temos transações enviadas para essa camada secundária em vez de serem submetidas diretamente para a rede principal. Feito isso, essas transações são ancoradas na Ethereum Mainnet e tornam-se imutáveis.
Outro tipo de solução off-chain são os Rollups, que consistem essencialmente em executar transações fora da Mainnet e, depois, mandar elas pra um bloco de lá.
A diferença para as Layer 2 é que, como as transações são mandadas diretamente para um bloco da Layer 1, não é necessária uma rede diferente e os protocolos originais de segurança e descentralização da Layer 1 são usados diretamente.
Por final, temos as soluções chamadas Sidechains, que são basicamente blockchains baseadas na EVM (Etherem Virtual Machine) que rodam independentes da Ethereum Mainnet, como a Fantom e a Skale.
Mas não acabou; a existência de soluções off-chain nesse caso implicam na existência de soluções on-chain, tem uma em especial chamada Sharding. Esse conceito não é específico das blockchains, já é algo conhecido nas ciências da computação.
Sharding consiste literalmente em uma fragmentação do banco de dados para distribuir o carregamento e validação de informações, dividindo a Mainnet em 64 redes menores. Com requerimentos de hardware baixos, o número de nós aumenta (descentralização e segurança). Todos ganham.
Porém, essa solução só poderá ser implementada assim que a lendária Ethereum 2.0 se tornar realidade, o que só Deus sabe quando vai acontecer, mas os devs prometeram pro final de 2022.
Referências
https://ethereum.org/en/developers/docs/scaling/
https://ethereum.org/en/developers/docs/scaling/sidechains/
https://ethereum.org/en/eth2/shard-chains/
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