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Marcos Fonseca
Marcos Fonseca

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Nem todo dev quer ser CTO, e tudo bem!

Eu sei, isso pode parecer estranho vindo de alguém envolvido no mundo tech, mas se você, como desenvolvedor(a), está pensando em se tornar sócio(a) de uma startup e assumir o papel de diretor(a) técnico(a), por favor, leia até o final.

Entenda que ser CTO vai muito além de habilidades técnicas. Demanda anos de experiência em tecnologia e, crucialmente, em gestão e liderança. Você precisará tomar decisões difíceis quase que diariamente, o tempo todo, desde contratações até mesmo a difícil tarefa de demitir pessoas.

A diferença entre ser um profissional sênior e um CTO é absurdamente grande. Imagine gerenciar uma operação que funciona 24/7, com a responsabilidade de supervisionar todas as áreas. Mesmo tendo uma ou mais equipes abaixo de você, essas preocupações, principalmente técnicas, serão suas também.

Além de todas as questões de desenvolvimento e produto, você terá que lidar com questões críticas como:

🚩 Segurança: Proteger a empresa contra ameaças e garantir a segurança de dados.

🚩 Performance e Disponibilidade do Sistema: Assegurar que os sistemas estejam sempre funcionando eficientemente.

🚩 Gestão de Equipe e Cultura: Desenvolver uma cultura que promova inovação e gerenciar as dinâmicas da equipe.

🚩 Estratégia Tecnológica e Inovação: Definir a direção tecnológica da empresa e incorporar inovações.

🚩 Alocação de Recursos: Gerenciar recursos de forma eficaz para maximizar o retorno.

🚩 Compliance e Regulamentações: Assegurar que a empresa esteja em conformidade com leis e regulamentos.

🚩 Comunicação: Manter uma comunicação clara e eficaz com outros diretores, stakeholders e a equipe.

Além disso, você precisará focar no desenvolvimento da equipe, abordando aspectos como competências, objetivos individuais, aprendizado contínuo, mentoria, feedback e progressão de carreira, etc.

É muita coisa. Acha que acabou?

Entrar em uma startup como sócio também traz seus desafios, como a possibilidade de opressão ao minoritário e abuso de poder. É fundamental ter contratos sólidos e conhecer bem seus futuros sócios.

Entenda, o objetivo não é desmotivar, mas sim alertar sobre pontos que talvez você não esteja refletindo agora.

Mas, se você optar por não seguir um caminho de gestão, lembre-se de que há muitos outros caminhos possíveis na área de desenvolvimento de software, desde desenvolvedor júnior até engenheiro fellow, cada um com suas próprias responsabilidades e oportunidades de crescimento.

Como CTO, você será o ponto central por trás da visão e estratégia tecnológica da empresa, um papel que exige não apenas habilidade, mas uma verdadeira paixão por liderança e inovação, além de muito jogo de cintura para lidar com situações adversas.

Independentemente do caminho que escolher, esteja preparado(a) para os desafios e recompensas que cada nível traz. Não existe um caminho certo ou errado; existe o que você deseja no momento.

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