Recentemente, descobri uma linguagem de programação chamada Elixir. Ela é descrita como uma linguagem dinâmica e funcional, voltada para construção de aplicações escaláveis e de fácil manutenção.
Sintaxe
A sintaxe do Elixir é muito semelhante à do Ruby. Para iniciar um bloco, usa-se do...end
, e não há a palavra-chave return
(o que me confundiu no início). Por padrão, a última instrução do bloco é sempre retornada.
Imutabilidade
Outro recurso interessante é a imutabilidade: toda vez que um objeto é modificado, uma cópia é criada. Isso garante segurança em ambientes concorrentes.
Um detalhe importante sobre listas: por padrão, o Elixir usa listas encadeadas. Para adicionar elementos, prefira inserir no início ([novo_elemento | lista]
), pois essa operação é O(1) (tempo constante). Já adicionar no final (lista ++ [novo_elemento]
) é O(N) (lento para listas grandes).
Pattern Matching
Um dos recursos mais poderosos do Elixir é o Pattern Matching. Ele permite executar blocos de código com base no valor dos parâmetros, eliminando condicionais complexos. Exemplo:
def do_something(1), do: :foo
def do_something(0), do: :bar
def do_something(a) when is_integer(a) and a > 2, do: :foo2
def do_something(a) when is_integer(a) and a < 0, do: :bar2
def do_something(_a), do: :unknown
Neste exemplo, o resultado varia conforme a entrada, sem usar if/else. É semelhante à sobrecarga de métodos em C#, mas muito mais flexível.
Linguagem Dinâmica
Não sou fã de linguagens dinâmicas, pois geralmente falta clareza sobre tipos de parâmetros, variáveis ou propriedades. Por exemplo, se uma função DoSomething recebe um parâmetro, como saber se é string, integer ou um objeto complexo?
O Elixir tenta mitigar isso com anotações de tipo (@spec) e guards (como is_integer/1). Exemplo:
@spec do_something(integer()) :: {:ok}
def do_something(a) when is_integer(a) do
{:ok}
end
Isso melhora a legibilidade e permite ferramentas de análise estática.
BEAM VM
Elixir é construído sobre a BEAM VM (máquina virtual do Erlang), criada pela Ericsson para sistemas escaláveis, tolerantes a falhas e de alta disponibilidade .
A BEAM gerencia processos leves (não são processos do sistema operacional) que se comunicam via mensagens. Essa abstração permite distribuir carga entre CPUs ou máquinas sem precisar de filas externas.
Conclusão
Elixir combina recursos modernos (como casamento de padrões e imutabilidade) com a robustez da BEAM VM. Apesar disso, ainda não é uma linguagem mainstream – talvez por falta de apoio de grandes empresas.
Continuarei explorando o Elixir em futuros artigos!
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