Rafael gastou R$ 2.000 numa certificação Scrum Master. Dois dias de curso. Um certificado bonito pra postar aqui.
Três meses depois, ele ainda está facilitando dailies de 15 minutos que viram 40. Organizando retros onde os mesmos problemas são discutidos pela décima vez. Atualizando gráficos que ninguém olha.
O certificado está na parede. O valor profissional real? Esse continua invisível.
Aqui está o que os dados mostram:
→ 2024: 1 milhão de certificações ágeis emitidas
→ Taxa de sucesso real dos projetos ágeis: 37%
→ Custo médio de um time seguindo Scrum: R$ 450 mil/ano em teatro
Tem algo profundamente errado nessa equação. O mercado inteiro age como se um curso de fim de semana pudesse substituir anos de senso crítico. Como se maturidade profissional se medisse por papel timbrado.
Mas existe um fator que realmente separa profissionais de alto valor de profissionais que apenas ocupam espaço: O multiplicador invisível.
Não é o framework que você usa. Não é a certificação que você tem. É o seu comportamento.
Profissionais com comportamento multiplicador não precisam de reunião pra agir. Não esperam permissão pra resolver. Não fingem produtividade pra agradar gerente.
Eles entregam 3-10x mais valor. Não porque trabalham mais horas. Mas porque tomam decisões rápidas e acertadas. Não desperdiçam tempo em teatro.
Focam no que gera impacto.
Enquanto isso, o outro grupo passa o dia debatendo se a estimativa deveria ser 5 ou 8 story points.
Três perguntas pra você descobrir de que lado está:
O que você entregou na última semana que realmente fez diferença pra alguém?
Você protege o tempo de quem produz ou é você quem interrompe?
Você fala mais de processo (sprint, velocity, story points) ou de produto (usuário, problema, solução)?
Se você precisa pensar muito, já sabe a resposta.
Certificação é maquiagem. Comportamento é músculo.
Artigo completo: https://antiagil.com/artigos/certificacoes-ageis-vs-comportamento-real
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