Depois de um tempo sem publicar nada, voltei aqui — culpa das férias 😅
E por mais inesperado que pareça, estou escrevendo este texto sentado em frente ao computador. Em minha defesa: escrever me faz bem e ajuda a esvaziar a mente.
Com o avanço do uso da inteligência artificial, o termo vibe coding começou a surgir em vários vídeos e postagens nas redes sociais, sempre acompanhado de opiniões a favor e contra.
Num Google rápido, o significado que aparece é algo como:
“Uma nova abordagem na codificação onde os usuários expressam sua intenção usando fala simples, e a IA transforma esse pensamento em código executável.” — IBM Think
Sim… eu poderia ter perguntado ao ChatGPT — mas um pouco de referência tradicional não faz mal.
As críticas e os encantos
Entre os que criticam, o discurso gira em torno de que “os devs estão ficando preguiçosos” e querem cada vez menos ter trabalho. Outros já projetam um cenário mais distópico, onde profissões inteiras seriam engolidas pela IA: hoje é vibe coding, amanhã é vibe accounting. (Confesso que adoraria ver uma IA lidando com o manicômio contábil-fiscal que é o Brasil.)
Meu ponto de vista
Sou um cara que gosta de testar novas tecnologias. Meu primeiro contato com IA foi lá em 2015, num curso de extensão na faculdade. Naquela época, tudo isso era no máximo um autocomplete glorificado — como diria o mestre Akita (aliás, recomendo fortemente esse vídeo dele, que me marcou bastante).
Desde então, quando algo novo aparece, costumo criar um repositório no GitHub e testar com alguma ideia experimental. Mesmo que seja algo que nunca vá usar, colocar a mão na massa sempre gera aprendizado real.
Hoje estou testando o GitHub Copilot Agent e o Cursor. Tirando alguns detalhes particulares, eles são bem parecidos. Acabei usando mais o Copilot por conta do custo.
E o que percebi? O mesmo que qualquer um percebe com IA: se você não souber o que quer, vai se frustrar com a IA alucinando sobre o seu domínio, pastas, arquivos, lógica...
A tal ideia de “falar simples e gerar código executável” funciona até certo ponto. Funciona até o fim da página 1. Depois disso, ainda estamos longe da fluidez prometida.
Qualquer projeto, mesmo simples, te mostra que o vibe coding não é tão “vibe” quanto parece. Há muita complexidade envolvida ainda.
Mas também é fato: usado com estratégia, é um excelente acelerador. Para mim, esse é o grande diferencial. Como gosto de testar coisas novas, vou montando meu próprio mosaico: o que serve, o que não serve.
Se fosse pra batizar isso de novo, chamaria de easy coding, porque de fato facilita. Mas vibe carrega um ar utópico demais, pelo menos pra onde estamos hoje.
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