Continuando nossa série sobre migrações de aplicações de uma nuvem para outra (se você não leu a parte 1, basta clicar aqui), nesta segunda parte iremos abordar os passos que devem ser seguidos para uma migração de aplicativo sem grandes problemas e seguindo as boas práticas para este processo. Relembrando o que vimos no primeiro artigo da série, os passos são os seguintes.:
✔ Avaliação e Planejamento
✔ Escolha do Provedor e Preparação
✔ Arquitetura da Nuvem de Destino
✔ Execução da Migração
✔ Testes e Validação
✔ Otimização, Monitoração e Sustentação
Vamos entender o que é cada uma destas etapas para o processo de migração de aplicação de uma nuvem para outra.
Avaliação e Planejamento.: Este passo, é executada a avaliação e o planejamento da migração. É aqui que definimos os 'porquês' de se fazer a migração. Após isso, é efetuada uma avaliação de toda a infraestrutura de TI, das aplicações e dos dados existentes para identificar o que vai ser utilizado na migração e avaliar as possíveis dependências que poderão ter uma necessidade maior de atenção.
Neste passo, algumas atividades que são realizadas pelos times são.:
- Fazer inventário das aplicações e dos dados
- Análise das dependências e interdependências da aplicação que será migrada
- Avaliação da necessidade de desempenho e escalabilidade
- Estabelecimento das metas e prioridades da migração
- Identificação de possíveis impeditivos da migração
- Definição da Estratégia de Migração
Após esta primeira etapa, a etapa seguinte é a de escolha e definição do provedor da nuvem.
Escolha e Definição do Provedor.: Finalizada a primeira etapa, agora é necessário definir o provedor de nuvem que melhor se alinha às necessidades da migração, do negócio e da companhia.
Alguns pontos que devem ser considerados.:
- Compatibilidade do provedor com a aplicação e dados existentes.
- Considerações de conformidade, padrões e soberania de dados
- Escalabilidade e disponibilidade dos recursos necessários para a migração
- Compatibilidade e Interoperabilidade com os sistemas existentes
Custos, documentação e suporte do lado do provedor também devem ser considerados no processo de seleção do provedor de nuvem.
Arquitetura da Nuvem de Destino.: Encerrada a seleção do provedor, agora deve-se organizar como a aplicação, os dados e a infraestrutura serão organizados no ambiente do provedor escolhido. Esta etapa vai exigir dos times que realizem diversas ações, dentre elas as seguintes.:
- Projeto definido de acordo com a prática de arquitetura de nuvem escalável e resiliente (neste caso seguindo padrões da nuvem escolhida como AWS Well-Architected ou Azure Well-Architected por exemplo)
- Definição das configurações de redes e segurança
- Garantia da criação e configuração dos mecanismos para recuperação de desastres ( o famoso DR) e backup dos dados
Eficiência, confiabilidade e custos otimizados também são pontos que devem ser considerados na arquitetura de nuvem.
Execução da Migração.: Após termos definido o provedor e a arquitetura, é nesta etapa que será executada a migração de acordo com a estratégia de migração definida na etapa de Avaliação e Planejamento. Aqui, os times de TI vão efetuar diversas atividades de acordo com a estratégia definida, como por exemplo.:
- Transferência da infraestrutura de TI existente para a Nuvem do provedor escolhido
- Configuração do ambiente de nuvem de destino
- Criação e provisionamento de máquinas virtuais, recursos de redes e armazenamento na nuvem
- Replicação ou Migração dos dados para a nuvem
- Configuração de políticas de segurança e redes na nuvem
- Implementar e configurar aplicações na nuvem
Testes e Validação.: Aqui é a hora de validar se tudo está de acordo com o que foi definido nos passos anteriores. Testes rigorosos devem ser feitos para garantir a confiabilidade, segurança e eficiência da aplicação, recursos e dados migrados.
Esta etapa normalmente tem diversas ações dos times de TI como.:
- Teste de desempenho e carga para verificar a capacidade de resposta e escalabilidade do novo ambiente
- Teste de segurança para validar conformidade e verificar possíveis falhas de segurança
- Teste de aceitação do usuário para verificar se a experiência de uso está dentro dos padrões definidos
- Teste de qualidade e confiabilidade para verificar possíveis falhas ou problemas identificados durante este passo
- Teste funcional para validar a aplicação ou aplicações migradas
Otimização, Monitoração e Sustentação.: Este passo é onde os times de TI aplicam ações para melhorar o desempenho, reduzir custos e monitorar a aplicação, os dados e a infraestrutura migradas.
Entre as ações executadas, temos as seguintes.:
- Criação e configuração de recursos de forma a reduzir custos e melhorar a performance
- Executar melhorias nos recursos de monitoração e alerta
- Definição e execução dos processos de gestão e governança
- Ajustes para atender conformidades de segurança e de negócio
- Ajuste fino nas aplicações para otimizar desempenho e eficiência
- Instalação de recursos de segurança e controle de acessos necessários
Monitorar em tempo real os dados e infraestrutura migrados para que a otimização seja realmente efetiva, assim como os modelos de monitoração adotados. Os times devem estar preparados para reduzir/expandir a capacidade de recursos, melhorar e atualizar as aplicações com base nas necessidades de negócio e demanda. Acompanhar os custos da nuvem ajudam a melhorar a relação custo/benefício e trazer dados para os decisores sobre o impacto da migração na empresa.
Lembrando que o processo de adoção ou migração de uma nuvem para outra requer um trabalho em conjunto com as diversas áreas da empresa que serão impactadas com o processo. No próximo post iremos abordar os diferentes padrões que podem ser aplicados no processo de migração.
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