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Carolaine
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Internet das Coisas (IoT) e Gestão de Resíduos Eletrônicos: Soluções Sustentáveis para o Futuro

Internet das Coisas (IoT) e Gestão de Resíduos Eletrônicos:

Soluções Sustentáveis para o Futuro

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Resumo
Descrever os principais cenários do E-waste desde o processo de fabricação, até o processo de descarte de lixos eletrônicos, apresentando as possíveis soluções para a resolução do problema.

Palavras-chave: E-waste. Sustentabilidade. Reciclagem.

Introdução
O resultado de processos industriais, desde os primórdios tecnológicos e avanço e distribuição em larga escala, têm seus impactos no meio ambiente provindo das indústrias em sua fabricação e sendo transformado em lixo eletrônico no fim de sua utilidade.

Como resultado, estes itens contêm metais pesados que por consequência, são altamente tóxicos. Essas substâncias podem ocasionar doenças graves aos seres humanos dentre elas câncer, problemas pulmonares e contaminação de ecossistemas. O E-waste (termo utilizado para descrever o descarte inadequado de equipamentos eletrônicos), ainda é um constante desafio com a larga escala de produção a cada ano.

Da Indústria ao Descarte: Os impactos Ambientais da Era industrial

Como parte da revolução industrial e globalização, é indubitável que existe um crescente consumo de aparelhos eletrônicos, e, consequentemente sua crescente produção. As matérias primas utilizadas em algumas indústrias não contribuem para a decomposição no meio ambiente.

Quadro de Vantagens e Desvantagens

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Progressivamente, o ser humano se vê refém das mais modernas tecnologias, pois no mundo contemporâneo, ainda mais com a chegada dos IoT’s (Internet das Coisas) em larga escala, ter sua casa interconectada com um dispositivo “Alexa” por exemplo, é quase um requisito mínimo para ter uma vida moderna e produtiva. Seria uma perca de tempo chegar em casa e ainda não ter a banheira cheia, o ar-condicionado ligado e piscina com os motores funcionando para realizar a limpeza, sabendo que com a utilização da IoT, mandando um simples comando de rotina através de um relógio, pois nem sempre o celular está próximo.

Todo esse paraíso moderno é uma maravilha quando é visado produtividade, conforto, agilidade e comodidade; quem nunca pediu para sua assistente virtual desligar a luz do quarto para dormir, ao invés de ter que levantar-se por exemplo? O mundo moderno chegou. Hoje, muitas pessoas optam pela escolha da casa inteligente não somente pela modernidade, mais sim pela praticidade. Porém, há sempre aquele modelo novo, aquela versão mais atualizada da coisa, o que posteriormente de torna em uma destinação final incorreta.

Cenários de verificação da problemática estudada

Estão disponíveis alguns exemplos práticos nos quais é possível observar e ver claramente essas problemáticas. A universidade das Nações Unidas em uma de suas pesquisas apontou que apenas 3% do lixo eletrônico da América Latina é descartado e tratado de maneira correta afim de respeitar o meio ambiente. Ainda segundo este estudo, não há monitoramento dos demais 97%, onde alguns possuem metais preciosos e esta estimativa em valor seria de aproximadamente 1,7 bilhão a cada ano (ONU News, 2022).

Em 2019, o lixo eletrônico gerado por 206 milhões de pessoas nos países analisados atingiu a marca de 1,3 megatoneladas, sendo que 30% eram plásticos. Este volume tem peso similar a uma linha reta de 670 km de extensão formada por caminhões 40 toneladas totalmente carregados.

O lixo eletrônico é formado por várias substâncias perigosas e segundo a Unido, nos países analisados, esses materiais têm 2,2 kg de mercúrio, 600 kg de cádmio, 4,4m kg de chumbo e 5,6 megatoneladas de gases de efeito estufa. (ONU News, 2022).

Como já abordado anteriormente, o problema se inicia ainda no processo de fabricação, uma matéria publicada na Revista Época traz com mais detalhes a problemática:

A Universidade de Lancaster, junto à consultoria ambiental britânica Small World Consulting, revelou que a indústria de computadores, celulares e televisores – Tecnologia da Comunicação e Informação (TIC) – emite mais gases de efeito estufa do que todo o setor de aviação.

Estudos prévios analisados pelos pesquisadores indicavam que o setor respondia por 1,8% a 2,8% das emissões globais de gases do efeito estufa. Porém, os cientistas responsáveis pela pesquisa alertam que essas estimativas ficam aquém da realidade devido a inconsistências no modo como são calculadas as emissões da indústria. (Época, 2022).

É possível notar que esse frequente consumo desencadeia grandes impactos ambientais, e neste ritmo o cenário tende somente a crescer de formas inimagináveis. Uma única residência talvez não faça uma diferença grande na população, mas cidades e indústrias visando a mesma metodologia em conjunto, é possível visualizar um panorama devastador e uma degradação de décadas, que para sua recuperação, talvez neste momento nem seja possível de mensurar.

Soluções existentes que poderiam resolver o problema
Em razão disso, a palavra “sustentabilidade eletrônica” deve ser utilizada desde o princípio de um projeto, para a fabricação os seguintes itens:

Materiais Sustentáveis: Deve ser feita uma escolha criteriosa de materiais ambientalmente amigáveis, optando por materiais recicláveis de baixo impacto ambiental.

Design para a reciclagem: Projetar dispositivos que facilite a separação de componentes, logo, facilitando o processo de reciclagem.

Economia Circular: Adoção de modelos onde os dispositivos podem ser remanufaturados, reciclados e recondicionados, isso prolonga o tempo de vida útil dos produtos e a redução de desperdício.

Para o descarte no fim de vida útil do dispositivo eletrônico seguem algumas sugestões:

Mineração Urbana: Consiste na extração de metais preciosos e recursos valioso de dispositivos eletrônicos que foram descartados para serem reutilizados.

Lixo Eletrônico: Reciclar dispositivos eletrônicos descartados, para montagem de novos equipamentos, fazendo a reutilização desses itens em novos projetos.

Regulamentação de Descarte: Não apenas leis de descarte para esse tipo de resíduo específico mais proporcionar o local adequado como lixeiras para este fim, e contratação de empresas especializadas neste quesito.

As sugestões apresentadas acima, já são itens que são praticados em alguns lugares do planeta, mas como toda melhoria não depende apenas de uma pequena parte da população ou de ideias em pedaços de papel, mas sim tornar isso uma meta de realização, para assim vingar as soluções de menos impactos ao meio ambiente.

Considerações Finais

As práticas de sustentabilidade eletrônicas são primordiais para a redução de impactos ambientais. Escolhas inteligentes são necessárias desde seus estágios iniciais como a escolha de materiais sustentáveis, design para a reciclagem, influenciam positivamente a trajetória desses produtos ao longo de seu ciclo de vida.

Além disso, as implementações de sugestões de melhorias apresentadas acima, podem ser os primeiros passos de um novo mundo mais limpo, onde não somente produza mais coloque em pratique o “reusa”. Estas são algumas teorias apresentadas, que são práticas em alguns lugares do planeta. Mas, maneiras de melhorar o mundo são criadas todos os dias, sendo assim esta é a sinalização de um caminho promissor para alcançar esta meta tão almejada.

Assim, ao adotar e promover práticas sustentáveis na indústria eletrônica, pode-se não apenas reduzir o impacto ambiental, mas também construir um legado de responsabilidade e cuidado com o planeta.

Referências

ONU NEWS. Universidade das Nações Unidas. 97% do lixo eletrônico na América Latina não é descartado de forma sustentável. 29 de janeiro de 2022. Disponível em: https://news.un.org/pt/story/2022/01/1777952. Acesso 10 de dezembro de 2023.

ÉPOCA. Época Negócios. Indústria de computadores, celulares e TVs supera setor de aviação em emissão de poluentes, diz estudo. Análise da Universidade de Lancaster alerta que tecnologias como blockchain, internet das coisas e inteligência artificial colaboram para o aumento na emissão de gases de efeito estufa. Publicado em 13 de Setembro de 2022 às 14h 43m. Atualizado em 13 de Setembro de 2022 às 15h 20. Disponível em: https://epocanegocios.globo.com/Um-So-Planeta/noticia/2021/09/industria-de-computadores-celulares-e-tvs-supera-setor-de-aviacao-em-emissao-de-poluentes-diz-estudo.html. Acesso 10 de dezembro de 2022.

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Bruna Cordeiro

Interessante!